domingo, 3 de fevereiro de 2013

"COMO VI O FIM DA GUERRA NA ALEMANHA"




Mais um livro, para a minha biblioteca,este de 1946, e escrito pelo Visconde do "Porto da Cruz".
Livro que nos relata de forma brilhante, o final da guerra, na Alemanha Nacional Socialista.
Fiquei curioso...e fiz uma pesquisa sobre este Visconde...

Quem era então este Visconde?

Visconde do Porto da Cruz, de seu nome Alfredo António de Castro Teles de Meneses de Vasconcelos de Bettencourt de Freitas Branco, nasceu a 1 de Janeiro de 1890, na Rua da Carreira nº 13, Funchal. Filho de Luís Vicente de Freitas Branco e de D. Ana Augusta de Castro Leal Freitas Branco.
Frequentou a Escola do Hospício e o colégio de D. Laura Estela.
Em 1901 parte para Lisboa onde estuda no Colégio de Campolide. Por motivo de doença, regressou ao Funchal onde veio a terminar o Curso do Liceu.
Mais tarde fez o antigo Curso Superior das Alfândegas, posteriormente designado Curso de Ciências Económicas e Financeiras.
Impulsionado pelo seu tio, João de Freitas-Branco, completou a sua formação literária.
Mais tarde matriculou-se na Universidade, mas envolveu-se com a conspiração monárquica, chefiada por Henrique de Paiva Couceiro e teve de emigrar para Espanha.
Durante 3 anos viveu exilado em Paris período após o qual resolveu viajar por toda a Europa.
Regressou a Portugal onde continuou os estudos universitários na Universidade de Lisboa, no Curso de Direito. Não chegou a finalizar o curso, uma vez que foi obrigado a cursar a formação de oficiais milicianos, concorreu à Escola de Guerra.
Foi um dos colaboradores de Sidónio Pais, tendo sido o primeiro a prender o assassino do referido político.
Durante a 2ª Guerra Mundial, esteve em Berlim ao serviço da Alemanha onde proferiu várias palestras ao microfone da Emissora de Berlim sob o título:”Pontos nos ii”.
Foi director da “Revista Portuguesa” e colaborou no “Diário da Manhã”, “Diário de Notícias, “Brotéria”, “Arqueologia e história”, “Das Artes e da História da Madeira”, entre outros.
Era sócio da Associação dos Arqueólogos Portugueses, do Instituto de Coimbra e da Academia Brasileira de Ciências Sociais e Políticas de São Paulo.
Publicou muitos folhetos e volumes de temática política, assim como novelas, etnografia, folclore, como poderá ser verificado na sua bibliografia.
Faleceu no Funchal a 28 de Fevereiro de 1962.



          VISCONDE DA CRUZ COM A CAMISA DOS "NACIONAIS SINDICALISTAS"

Que a documentação do Visconde do Porto da Cruz dá-nos, quando analisada no seu conjunto, provas inequívocas dos vários credos políticos que aquele professou ao longo da sua vida, é verdade! É certo também, que a figura de Alfredo de Freitas Branco ficou associada à história como um “homem revolucionário” e monárquico de formação, que veio, mais tarde, a abraçar o Sidonismo e o Nacional-Sindicalismo, bem como se metamorfoseou num convertido germanófilo e fervoroso seguidor de Sidónio Pais, Mussolini e Salazar. É lembrado ainda, como alguém que privou com figuras de nomeada, como Paiva Couceiro, mas também polémicas como Goebbels, aos quais o Visconde não se inibe de tecer generosos elogios a partir dos seus escritos biográficos.




                    ARMAS DO VISCONDE PORTO DA CRUZ


Aquando da revolta da Madeira contra a Ditadura, em 1931, o Visconde ajudou as tropas governamentais, colaborando com as suas acções,no combate contra os revoltosos.
O Visconde pertenceu ao comando Distrital do Funchal da Legião Portuguesa,da qual o Visconde do Porto da Cruz, era comandante de Lança.Pertenceu ainda a diversas associações Nacionalistas, e à União Nacional.



                Tropas Governamentais, vindas do Machico, em marcha,
               contra os revoltosos






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