sexta-feira, 28 de setembro de 2012

A ÚLTIMA ENFERMEIRA DA DIVISÃO AZUL

 
 
CRISTINA ORIVE ALONSO
 
Faleceu no passado dia 26 de Setembro, com 92 anos,Cristina Orive Alonso, a última enfermeira Divisão Azul.Em toda a Divisão Azul houve 153 Enfermeiras.Esta era a última das enfermeiras que ainda se encontrava com vida.Era conhecida pela "Enfermera Guapa".Paz à sua alma.R.I.P.
 
Texto retirado do Livro de Manuel Perez Rubio " Division Espanola de Voluntários en Russia"
 
 
«Todas eran valientes. Había que serlo para ir a Rusia. La madrileña Maria Cristina de Orive Alonso se alistó como voluntaria en 1941 para servir de enfermera en la División Azul impulsada por su coraje y por su filiación falangista. Tras sobrevivir a aquellos días de acero en el Este y prestar servicio en condiciones durísimas regresó para llevar una existencia sin tantos sobresaltos y morir este verano a los 92 años. De Orive estaba considerada la última enfermera de la División Azul y en calidad de tal la incluyeron los estudiosos Pablo Sagarra, Óscar González y Lucas Molina en su libro Divisionarios (La Esfera, 2012). La antigua auxiliar divisionaria. Decía que había ido a Rusia porque tenía que acompañar a sus compañeros de pupitre que habían dejado las aulas, recalcaba, para combatir el comunismo.

 
             DISTINTIVOS E MEDALHAS USADOS PELAS ENFERMEIRAS DA DIVISÃO AZUL


                                        POSTAL DA DIVISÃO AZUL DE DIVISIONÁRIO

Las enfermeras, entre las que se incluían damas auxiliares de sanidad militar, cuerpo creado por Mercedes Milà —familia de los populares periodistas—, y componentes de la sección femenina de Falange, se instalaron al llegar a la Unión Soviética en hospitales militares donde atendieron como pudieron la avalancha de heridos y congelados (para ellos había “puestos de calentamiento”) que como una doliente riada sin fin provenía del frente. Vestían uniforme militar —diseñado por Balenciaga—. Ser enfermera en aquella despiadada guerra no era ninguna bicoca. Ambos bandos ignoraban las convenciones y liquidaban sin escrúpulo alguno al personal sanitario cuando se presentaba la ocasión. Mi tío abuelo, alférez divisionario, me explicó en cierta ocasión el episodio en que una unidad rusa se infiltró tras sus líneas y aniquiló un hospital de campaña hasta el último miembro, incluidos los heridos, cosa que ellos les hicieron pagar a los rusos atacando sin cuartel una posición enemiga al arma blanca.




Cuando las cosas se pusieron especialmente duras, De Orive (Madrid, 1919) fue trasladada con las demás enfermeras a los países bálticos y a Alemania. Estuvo en los hospitales de Porchow y Königsberg, donde ejerció hasta el verano de 1942. Entonces regresó a Madrid, donde continuó trabajando de enfermera. En 1946 se casó con Agustín Payno Mendicoague, un médico traumatólogo y divisionario como ella que había servido de sargento-médico en la 1ª Compañía de Antitanques de la división y fue incluso autor de la música de varias canciones como Gibraltar, Gibraltar, cubre tu pecho —de medallas, imagino— o el himno de su propia unidad. De Orive tuvo nueve hijos, y según los que la conocían era una gran lectora, aficionada a las plantas y a la fotografía y colaboradora de la parroquia de su barrio.» (jornal El País).

sábado, 8 de setembro de 2012

1943-A BATALHA DE ALJEZUR

Boa Tarde,

Hoje vou-vos falar de mais um livro...um livro interessantíssimo sobre a Batalha de Aljezur.
Tive a sorte, de recententemente ter passado em Aljezur, onde me lembrei de ir procurar este livro.
Desloquei-me ao posto de Turismo, o qual tinha uma pequena vitrine com as duas edições do livro, bem como algumas peças do avião Alemão, que foram recuperadas na altura da destruição do aparelho.
Perguntei pelo livro, ao qual me foi informado de que o mesmo estava esgotado (já vai na 2ªEdição), e que deveria procurá-lo na Junta de Freguesia de Aljezur.Assim fiz.Encontrei o livro, pelo qual paguei 7,50 Eur, um preço bom, para quem gosta de ler este tipo de histórias.
Para quem quiser comprá-lo terá pois que contactar a Junta de Freguesia de Aljezur através deste endereço de e-mail geral@jf-aljezur.pt.



«Passava pouco das nove da manhã. Apesar da superioridade numérica, os bombardeiros da Luftwaffe, mais pesados e lentos, lutaram para sobreviver. A batalha aérea durou quase uma hora. "A dada altura, os quadrimotores alemães iniciaram a fuga para norte largando algumas bombas [para conseguirem ganhar velocidade e manobralidade], parte das quais explodiram. Na Atalaia, perto de Aljezur, um dos Focke-Wulf terá ficado para trás e, num voo rasante e audaz, foi atingido por baixo, no depósito de combustível por um dos pequenos e rápidos caças britânicos, incendiando-se em seguida."
Outro aljezurense, José Catarino, conta: "Quando o avião alemão se aproximou do posto [da Guarda Fiscal, hoje abandonado] da Atalaia, caiu antes de lá chegar. Já ia tudo descontrolado, a arder por todos os lados". No embate, o Focke Wulf explode, fazendo arder o mato à sua volta. Segundo o mesmo testemunho, o caça britânico que o abateu sobrevoava o local, aparentemente fotografando o avião abatido.
José Catarino procura imagens na memória de mais de meio século: "O avião ficou partido em dois pedaços. Ficaram duas granadas cá em cima [da falésia]. Outra rebolou lá para baixo, para o laredo. E depois começou o pessoal então a ver corpos que se foram esquivando pelas asas. Corpos já todos queimados".


 
Ao todo, sete. As campas, no cemitério de Aljezur, ostentam os seus nomes gravados nas cruzes militares. Já depois da Guerra, durante anos, foram cuidadas pelos militares alemães estacionados na base aérea de Beja. Por pouco o enterro não foi perturbado por uma ausência de peso: a do coveiro. "Mestre" Pedro Afonso, no meio de toda a confusão de fuselagem retorcida, no local da queda do aparelho, encontrou um coelho morto numa moita, vítima inadvertida. Ao comê-lo, "ia morrendo". Esta é outra das histórias que os mais velhos ainda lembram, com um misto de divertimento e seriedade.



             DISTINTIVOS DA LUFTWAFFE-PILOTO AVIADOR (esq);RADIO OPERADOR (dir)
             BARRETE DE MEDALHAS (cruz de Ferro II Classe,4 anos de antiguidade LW,Legion Condor/Cruz Vermelha,Legion Condor/Medalha da Vitória)
Estes distintivos eram certamente usados pelos aviadores Alemães que faleceram em combate.

O Século do dia seguinte refere que "(…) a bordo de barcos de pesca portugueses, como a traineira Valha-nos Deus , os tripulantes tiveram que deitar-se no convés, por causa das rajadas de metralhadora, pois os aviões voavam muito baixo". Uma missiva confidencial, datada de 14 de Julho desse ano, e enviada pelo Ministério da Marinha ao seu representante máximo, não deixa dúvidas quanto ao conhecimento do governo português da batalha aérea: "Na manhã de Sexta-feira, 9 de Julho de 1943, quatro aviões alemães apareceram na costa ocidental algarvia, três dos quais sobrevoaram Sines (conforme comunicação do posto de lá) às nove e dez minutos, a baixa altura, de sul para norte, largando bombas de profundidade junto à costa, provavelmente por virem perseguidos por aviões aliados". No fim concluía: " Possivelmente deste grupo de aviões faria parte o que caiu em Aljezur...".

Na tarde do próprio dia do combate aéreo, os corpos dos malogrados aviadores são levados para a Igreja Matriz de Aljezur, numa carreta de bois. Ainda a 9 de Julho chega à vila o adjunto do adido aeronáutico da embaixada alemã em Lisboa, Karl Spiess. No dia seguinte, cerca do meio-dia, tiveram lugar as cerimónias fúnebres, com uma extensa comitiva luso-germânica, vinda expressamente da capital.

Após os funerais, especialistas da Força Aérea portuguesa deslocaram-se à Atalaia para fazer explodir as quatro bombas de 250 quilos cada, miraculosamente intactas. Conta quem se lembra, que foram precisos dois quilómetros de cabo para as detonar em segurança. A cratera de uma das explosões ainda é visível na Atalaia.

«Segundo José Marreiros, da Associação de Defesa do Património Histórico e arqueológico de Aljezur, a batalha começou quando quatro caças alemães tentavam interceptar um "comboio" de 25 navios aliados, que navegava ao longo da costa vicentina em direcção ao Norte de África, escoltado por dois aviões "spitfire" ingleses.Um dos caças alemães (os outros conseguiram escapar) acabaria por ser atingido, incendiando-se e explodindo no ar, antes de se despenhar sobre uma falésia no sítio da Parede, próximo da Ponta da Atalaia e junto à praia da Arrifana, onde se ergue um memorial em homenagem às vítimas.
De acordo com José Emídio, logo a seguir começou a "romaria" ao local do acidente, do qual apenas restaram intactas quatro grandes bombas de cerca de 250 quilos cada uma, detonadas artificialmente por especialistas.

"Houve muita gente que foi lá buscar peças do avião para as vender na sucata", recorda, acrescentando haver também quem usasse balas retiradas do local nos cintos, como recordação.

Os sete soldados que tripulavam o avião foram sepultados com honras de Estado no cemitério de Aljezur - onde as campas ainda se mantêm impecavelmente arranjadas -, num funeral a que assistiram quase todos os cerca de 6.000 habitantes da vila.


 


Adolf Hitler viria mesmo a condecorar quatro personalidades portuguesas - entretanto já falecidas - com a cruz de mérito da águia alemã, num acto de reconhecimento do auxílio prestado na recolha e enterro dos aviadores.

Apesar de noticiada na imprensa da época, a batalha de Aljezur foi "completamente abafada" pelas autoridades, conforme conta José Marreiros, que realça ainda a existência de um faroleiro que serviria alegadamente os alemães sem o conhecimento da Marinha Portuguesa.

"Havia um faroleiro que informava via rádio a legação germânica em Lisboa de todas as movimentações dos aliados ao longo da costa algarvia", afirma, o que pode explicar a rapidez no ataque ao comboio aliado, já que os alemães tinham uma base no Sul de França.

O certo é que até hoje a batalha de Aljezur persiste na memória daquele povo, que velou os corpos dos sete tripulantes mortos como se de conterrâneos seus se tratasse.

As campas, no cemitério de Aljezur, ostentam os seus nomes gravados nas cruzes militares. Já depois da Guerra, durante anos, foram cuidadas pelos militares alemães estacionados na base aérea de Beja. »

domingo, 2 de setembro de 2012

Novo romance "Não nos Roubarão a Esperança"

 
Não nos roubarão a esperança é o título do mais recente romance de Júlio Magalhães. Depois dos anteriores bestsellers, o jornalista e escritor Júlio Magalhães leva-nos até ao cenário da Guerra Civil Espanhola para nos contar a história de dois portugueses, dois irmãos, sangue do mesmo sangue, separados por convicções diferentes. Duarte e Pedro, que partem para o país vizinho, para combater em diferentes lados da barricada. Um ao lado dos nacionalistas e o outro dos republicanos. Contudo, para além da violência e do drama do conflito, estes dois irmãos irão encontrar o amor.

Poderá o amor nascer em tempo de guerra? No Portugal de Salazar e nos tempos conturbados da guerra civil espanhola, Miguel Oliveira, voluntário português ao serviço das tropas nacionalistas de Franco, é feito prisioneiro pelos republicanos, depois de o seu avião ter caído nos arredores de Barcelona. Um feliz golpe de sorte salva-o de um julgamento sumário e de uma morte certa por fuzilamento. Será trocado por um oficial republicano, perto de Madrid. Miguel inicia uma longa viagem de automóvel que o vai levar de Barcelona a Madrid num território pejado de perigos. Será durante essa intensa viagem que ele conhecerá e se apaixonará por Dolores, a jovem republicana responsável por levá-lo à capital espanhola. Outrora uma defensora ardente da República, Dolores está nos finais da guerra, cansada de ver tanta morte e destruição. Para sua grande surpresa e sem nunca abandonar os seus ideais, a jovem republicana encontrará em Miguel um bom confidente e até um protetor. Tendo como pano de fundo a violenta paisagem desenhada pela guerra civil, Não nos roubarão a esperança, narra o nascimento de um grande amor que terá de provar ser mais forte do que o ódio.
 
Junho de 1938.
Arredores de Barcelona.
Duarte abriu os olhos e levou alguns segundos a distinguir o que estava à sua volta. Um bando de crianças sujas e mal vestidas olhava para ele tentando disfarçar o medo. O piloto levou a mão à testa e sentiu o sangue antes de o ver. Uma dor terrível apertava-lhe o pé esquerdo, ou talvez o direito. Tudo naqueles primeiros instantes lhe parecia confuso. Na sua cabeça uma imagem repetia-se. O fumo e as chamas que saiam do grande motor do avião, o chão a aproximar-se e os gritos do seu copiloto. Depois de um violento embate contra um terreno seco tudo ficou, subitamente, estranho. Não conseguia lembrar-se de mais nada. Até aquelas crianças ranhosas e desdentadas não faziam sentido para Duarte. Que raio estavam ali a fazer? Onde estava o seu avião? Olhou para trás e sentiu, mais do que viu, os restos esventrados do seu aparelho italiano com o fogo a consumir a madeira que lhe dava forma. Mais ao longe, ainda altivo, o motor rodeado por chamas.
Quis levantar-se, mas o pé não o deixou. Soltou um grito de dor. As crianças assustaram-se com o grito e recuaram uns passos tímidos. Aos poucos foram perdendo o medo e voltaram a aproximar-se do piloto português. Duarte podia, agora, ver com um pouco mais de detalhe as seis ou sete crianças que o rodeavam.
Porque tinham elas espingardas nas mãos? Duarte esforçou-se para focar a imagem tanto quanto lhe deixava aquela maldita dor na cabeça mesmo por cima dos olhos. Sobressaltou-se. As crianças tinham mesmo armas e estavam apontadas a ele? Bastaram mais uns segundos para Duarte perceber que era tudo a brincar.
As espingardas eram de pau. A fingir. Sem saber como, Duarte encontrou forças para sorrir.
Uma das crianças, mais afoita, aproximou-se com a sua arma a fingir em punho. Encurvou-se ligeiramente para apontar a sua espingarda faz-de-conta ao corpo deitado do piloto. Não devia ter mais de 8 anos e uma cara marcada por sardas. A criança fechou a boca e franziu o sobrolho para tentar encontrar a cara mais terrível que conseguisse. Se a espingarda era falsa, a sua voz era verdadeira e o ódio com que disse aquela curta frase assustou Duarte:
- Pum! Estás morto, fascista dum filho da puta!"

(Pré-publicação de um excerto do primeiro capítulo do livro “Não Nos Roubarão a Esperança”, de Júlio Magalhães, publicado na revista Tentações na edição 430 da revista Sábado)

PREÇO: 18 EUR

LIVRO "FOTOBIOGRAFIA DE ANTÓNIO OLIVEIRA SALAZAR





Não posso deixar de assinalar este excelente livro, do circulo dos leitores, à venda na FNAC.

"FOTOBIOGRAFIAS SECÚLO XX DE JOAQUIM VIEIRA"-ANTÓNIO DE OLIVEIRA SALAZAR

Para quem gosta de estudar o "Estado Novo", vai encontrar excelentes fotos, algumas inéditas.
Preço de venda: 19,90 Eur

INICIO DA 2ª GUERRA MUNDIAL:COMEMORAÇÃO DOS 73 ANOS DA DECLARAÇÃO DE GUERRA

Boa Tarde,

Após um intervalo para férias, volto novamente às publicações, e como hoje é dia 2 de Setembro, não poderia deixar de publicar, algo alusivo à declaração de Guerra que a Grande Bretanha, e a França, endereçaram aos alemães, após a Invasão da Polónia, por parte de Hitler, precisamente amanhã no dia 3 de Setembro, de 1939.
Iniciava-se assim a Guerra mais mortífera de todos os tempos..deixando marcas para sempre, e que ainda hoje se sentem, por essa Europa fora.
Não querendo discutir a Invasão Alemã, contudo não posso deixar de perguntar, porque é que os Franceses e os Ingleses, não declararam também guerra aos Soviéticos, após estes terem invadido a Polónia,(pela fronteira leste) no dia 17 de Setembro?...
Relembro que os soviéticos já tinham invadido os Países Bálticos, e a Bessarábia...logo em termos de ocupações, não se distinguiam dos Nazis...

VIDEO POLACO
 
DECLARAÇÃO DE GUERRA DE CHAMBERLAIN
 
 
DISCURSO DE HITLER SOBRE A GUERRA NA POLÓNIA 
 
 
POLIZEI,HEER ARTILLERIE,LUFTWAFFE 
 
BIVAQUES DE UNIDADES ALEMÃS UTILIZADOS NA CAMPANHA DA POLÓNIA
 



 
AS UNIDADES DA POLIZEI E DAS WAFFEN SS POLIZEI, FORAM PARTICULARMENTE ACTIVAS NA CAMPANHA DA POLÓNIA 
 
VIDEO PROPAGANDA ALEMÃ