sábado, 19 de outubro de 2013

CORRESPONDENTES DE GUERRA PORTUGUESES NA GUERRA CIVIL DE ESPANHA





                          QUEM VEM LÁ?... LIVRO DE FÉLIX CORREIA...ALÉM DA GUERRA DE ESPANHA INCLUI A ENTREVISTA A ADOLF HITLER!


Acabo de adquirir nestes últimos dias alguns livros raros e curiosos, livros esses que nos falam da experiência dos jornalistas Portugueses, que se deslocaram a Espanha, para fazerem a reportagem da Guerra Civil de Espanha (1936-1939).
Imensas fotografias inéditas, incluindo algumas dos próprios jornalistas, nas frentes de batalha.

                                     ARTUR PORTELA NA FRENTE DE BATALHA

Adquiri ainda, um outro livro, de um jornalista Francês, também ele afecto aos Nacionalistas e que faz referência aos Portugueses Viriatos:
-"Chemises Noires, Brunes,Vertes en Espagne" de Georges Oudard (1937)




Obviamente que toda esta informação não é imparcial, sendo inegável que qualquer um destes livros têm que ser considerados  documentos de grande valor histórico. Ao folhear estes livros, seguimos passo a passo as tropas Nacionalistas, durante a Guerra Civil, com tudo o que possa implicar uma guerra como foi esta, com atrocidades em ambos os campos.

-Jornal de um correspondente da Guerra em Espanha (José Augusto) 1937
-Quem vem lá? Gente de Paz! Gente de Guerra (Félix Correia) 1940
-Madrid Trágica (Leopoldo Nunes)  (1937)
-Nas Trincheiras de Espanha (Artur Portela) 1937

    ALGUMAS  MEDALHAS POSSIVELMENTE CONFERIDAS AOS JORNALISTAS PORTUGUESES

A Guerra Civil de Espanha (1936-39) foi o acontecimento que mais correspondentes mobilizou na história da comunicação social portuguesa até àquela data. Tratou-se, no entanto, de uma participação altamente comprometida com um Estado Novo empenhado na defesa de Franco e da sua própria sobrevivência face às supostas ameaças do comunismo internacional. O papel dos mais de 30 jornalistas e fotógrafos portugueses enviados foi essencial na estratégia de propaganda do Estado Novo, ao confirmar perante a opinião pública nacional, através de um discurso sensacionalista, afectivo e épico, as informações frias e pouco convincentes da rádio e dos encontros públicos. Foi também, ao contrário do que se lê na história oficial da ditadura franquista, uma das
coberturas mais completas da Guerra Civil levadas a cabo por jornalistas estrangeiros, proeza que se deveu à situação de claro favorecimento dos jornalistas portugueses por parte das altas patentes franquistas e do próprio Franco.

Nunca um acontecimento havia mobilizado tantos jornalistas portugueses para o estrangeiro como a Guerra Civil de Espanha (1936-1939), que se tornaria num dos eventos da história da comunicação social portuguesa que mais impacto produziu na opinião pública. Deslocaram-se a Espanha mais de trinta jornalistas e fotógrafos dos principais jornais portugueses, que trabalharam durante toda a guerra em território rebelde. A sua visão do conflito foi, desde logo, marcada por esse facto. Os maiores diários portugueses mantiveram nas diferentes fases do conflito e em múltiplos campos de batalha, um ou mais correspondentes ou enviados especiais, sempre na zona sublevada, a informar
Portugal acerca do trágico destino dos espanhóis. Nenhum deles ignorava que fazia parte da engrenagem de uma estratégia de propaganda, urdida pelo Estado Novo de Salazar para apoiar Franco. O mote era que a Rússia tencionava invadir Espanha e Portugal. E a sua missão consistia em lutar pela liberdade da Península a partir das trincheiras do jornalismo.
O Diário de Notícias foi o jornal que mais meios mobilizou para o acompanhamento
da guerra. Saneado economicamente, deu-se ao luxo de enviar para Espanha onze jornalistas e dois fotógrafos. Foram eles: José Augusto, Mário Rosa, Aprígio Mafra, Mário Pires, Mário Lyster Franco, Armando Boaventura, Oldemiro César, Armando de Aguiar, Urbano Rodrigues, Maurício de Oliveira
e “Losil”, além dos gráficos Teodoro Medel de Aquino, Firmino Marques da Costa e Ferreira da Cunha.


O Século deslocou Leopoldo Nunes, Tomé Vieira, José Barão, Amadeu de Freitas e Arturo Ferreira da Costa.
 O Diário de Lisboa fez a cobertura do conflito com Artur Portela, Norberto Lopes, Félix Correia,
Mário Neves e Rogério Pérez, além dos fotógrafos Deniz Salgado e Afonso Pereira de Carvalho.
 José Mª da Costa Júnior e Jorge Simões representaram o Diário da Manhã; Eduardo dos Santos (“Edurisa”) e Emilio Sari o Comércio do Porto; César dos Santos o Jornal de Notícias e Lopes Vieira O Primeiro de Janeiro.
Carlos de Ornelas escreveu várias crónicas para A Voz, Vieira Pinto efectuou diversas reportagens para A Noite, de Lisboa e Eduardo Freitas da Costa recolheu algumas impressões numa viagem pela Espanha rebelde para o semanário Acção.
                                          DIARIO DE LISBOA 15-AGOSTO 1936
A decisão soberana de enviar este ou aquele jornalista para Espanha cabia, em última instância, ao Secretariado de Propaganda Nacional, mediante as propostas dos diversos órgãos de comunicação social, que além disso precisavam de um salvoconduto da Representação da Junta de Burgos em Lisboa. Havia,evidentemente, demasiadas coisas em jogo para que o governo português se permitisse o descuido de deixar um jornalista sem o perfil devidamente moldado à ideologia do Estado Novo passar a fronteira e escrever a partir de Espanha em absoluta liberdade. O papel dos correspondentes portugueses estava longe de ser insignificante. Eles formavam parte da engrenagem propagandística da imprensa portuguesa e podemos considerar a sua função como essencial. As suas crónicas representavam a componente sensacional e testemunhal dos acontecimentos. Eles eram os notários de uma realidade que,para aqueles que seguiam as notícias pela rádio ou assistiam aos encontros
públicos em Portugal, podia parecer fantasiosa ou difícil de aceitar.


       DISTINTIVOS PROPAGANDA NACIONALISTA-BANDEIRA PORTUGUESA PRESENTE

                                             BIVAQUE FALANGE ESPANHOLA

      PUNHAL FALANGE ESPANHOLA (PERTENCENTE A UM ARISTOCRATA PORTUGUÊS)


O seu trabalho concentrou-se mais no período de Julho a Dezembro de 1936, embora até ao fim da guerra se tenham mantido no país correspondentes portugueses, acompanhando as mais importantes batalhas.
Além de estarem presentes nos momentos transcendentes, da conquista de Badajoz ou Toledo às batalhas de Teruel e Barcelona, percorreram incontáveis lugares da retaguarda dos rebeldes, marcando presença até em Marrocos.
BIVAQUE FALANGE ESPANHOLA
Por outro lado, este trabalho teve um efeito propagandístico ainda maior com a publicação de uma vintena de obras baseadas na recolha das experiências jornalísticas da guerra e que tiveram, nalguns casos, várias edições em Espanha, Portugal e Brasil. Uma difusão bibliográfica que contou com o apoio do Estado e da Parceria Pereira, editora lisboeta que publicou numerosos livros dos
correspondentes portugueses em Espanha.
É o caso deste livro-"Jornal de um correspondente da Guerra em Espanha"

“(…) É ver com quanta abnegação e espírito de sacrifício partem, no momento oportuno, para as missões mais arriscadas, não se poupando a sacrifício de nenhuma ordem, a fim de porem o seu jornal (sic) em condições de prestar as melhores e mais sensacionais informações ao público! A actuação recente, nas zonas de guerra de Espanha, de brilhantes profissionais como Aprígio Mafra, Artur Portela, Leopoldo Nunes, Norberto Lopes, José Augusto, Amadeu de Freitas, Felix Correia, Oldemiro César e tantos mais, cuja omissão involuntária não representa menor admiração pelo seu esforço, marca uma página na história do Jornalismo, que indiscutivelmente honra e nobilita sobremaneira a Imprensa Portuguesa (...)


   MADRID TRÁGICA-LEOPOLDO NUNES (1937)


“(…) Ao general Franco interessa a experiência corporativa de Portugal. Adivinha-se
o calor que nos destaca da Itália e da Alemanha…”,(...)  escreve José Augusto, em crónica de 9 de Agosto de 1936, após mais uma entrevista com o general.
Mas se este estava ao alcance dos correspondentes portugueses, muitos dos seus inferiores hierárquicos também o estavam. Chefes militares como Queipo de Llano, Castejón, Yagüe, Martínez Anido ou Miguel Cabanelas, entre outros, concederam numerosas entrevistas à imprensa portuguesa. Queipo, por exemplo, recebeu Félix Correia mal este chegou a Sevilha,37 a 6 de Agosto de
1936. No dia seguinte falou através da Radio Sevilla. José Augusto, por sua vez, entrevistou o general Varela a 22 de Agosto de 1936 e Luis Orgaz Yoldi a 8 de Setembro. Artur Portela publicou entrevistas com os generais Doval, Cabanellas, Ponte, Mola, Queipo de Llano, Millán Astray, etc.




JORNAL DE UM CORRESPONDENTE DA GUERRA EM ESPANHA


                                 
Os oficiais e soldados rebeldes mostraram em todos os momentos uma grande receptividade. Atitudes de simpatia em relação aos jornalistas portugueses eram habituais, como testemunha León Tomé Vieira num dos seus trabalhos:
 “(…) O correio vai partir. É noite. Antes de terminar, porém, quero referir-me à manifestação que o público, que se encontra no “café”, onde escrevo, fêz a Portugal, ao saber que estavam aqui jornalistas portugueses. Foi uma surprêsa.Tocaram o hino falangista e a “Portuguesa”. De pé, toda a gente deu “vivas” a Portugal. E os portugueses agradeceram com um “Arriba Espanha”.
É evidente que os correspondentes portugueses contaram, desde o início da guerra, com muitas facilidades de que não dispuseram jornalistas de outros países. Além das entrevistas, reproduziam nos seus jornais documentos que por vezes lhes eram cedidos em exclusivo pelas autoridades rebeldes,
como foi o caso da carta enviada pelo general Franco, pouco antes da revolta, ao ministro da Guerra Santiago Casares Quiroga, na qual expressava o mal-estar existente no exército em relação à situação política e social do país.
Os correspondentes portugueses gozavam também de uma grande liberdade de movimentos.
                                                                 
                                                             ARTUR PORTELA
Estes não só estiveram presentes nos campos de batalha, como foram testemunhas exclusivas de muitas das façanhas dos rebeldes. Há muitos exemplos destas ajudas aos jornalistas portugueses, sempre no sentido de lhes assegurar um trabalho livre de obstáculos e o mais célere possível. Quando a guerra estava nas primeiras semanas e conseguir um automóvel para ir à meseta era um luxo, Luis Bolín, responsável Espanhol pelos jornalistas Estrangeiros, pôs à disposição de Artur Portela um automóvel adornado com a bandeira portuguesa,advertindo-o apenas que não dissesse nada aos outros jornalistas estrangeiros.




 ARTUR PORTELA COM FRANCISCO FRANCO E MOSCARDÓ, O HERÓI DE ALCAZAR DE TOLEDO.(foto do jornalista Leopoldo Nunes)

Graças a ele, Portela foi o primeiro jornalista a chegar a Talavera de la Reina e o único a conseguir relatar a conquista da localidade pelos revoltosos, no início de Setembro de 1936. O relato mostra a violência empregue pelos rebeldes nas suas acções de conquista. Numa crónica intitulada “Como foi tomada Talavera”, por exemplo, Artur Portela descreve com naturalidade, como algo consubstancial à guerra, algumas acções de extrema violência. A entrada da cidade é descrita como uma alameda de mortos: “(…) Ao lado das bermas da estrada, em posições dramáticas, vêem-se duas filas de cadáveres. Uns morreram no último combate, outros após. Para que a putrefacção não desenvolvesse, os corpos foram regados com gasolina e queimados depois. Mas o cheiro atroz anda no ar, com gangrena solta. Há que aliviar a visão e subjugar o arrepio nervoso. É a guerra com todos os seus horrores (…)”.
 Noutra reportagem, intitulada “Os mortos das carreteras”, realizada ao longo do trajecto entre Talavera e Toledo, repete o testemunho sentido, dizendo metaforicamente que
tinha os olhos “encharcados de sangue”. Estas crónicas, ignoradas pela história demonstram, mais uma vez, a dureza empregue pela coluna de mouros e legionários do general Yagüe, que semanas
antes havia literalmente arrasado Badajoz.



                             NAS TRINCHEIRAS DE ESPANHA DE ARTUR PORTELA


   FILME DE ANIBAL CONTREIRAS, COM O JORNALISTA ARTUR PORTELA.O AUTOMÓVEL TEM A BANDEIRA PORTUGUESA.

Artur Portela não foi ajudado apenas por Bolín nas suas estadas em Espanha.
Em Tetuan, o correspondente do Diário de Lisboa também teve ao dispor um automóvel oficial para se deslocar nos territórios dominados pelos rebeldes em Marrocos. Em Larache, o Estado Maior da Falange Espanhola chegou mesmo a fazer Portela desfilar perante as suas várias unidades, como se se tratasse de uma ilustre personalidade. A circunstância reavivou a veia patriótica do jornalista: “(…) Não é um português que está ali, mas Portugal que em acaso de reportagem me obriga a representar conforme posso.


                                        BIVAQUE DE OFICIAL NACIONALISTA
José Augusto dispôs de idêntica liberdade de movimentos, ao contar com um automóvel e escolta pessoal nas suas deslocações pela Andaluzia.
Com estas facilidades, os correspondentes portugueses estiveram um poucopor todo o lado. Desde que se iniciou o "Alzamiento" , acompanharam o avanço das tropas nas várias frentes e rara foi a batalha importante que não fosse presenciada por um jornalista português. A conquista da ala ocidental da Andaluzia foi coberta por José Augusto, Leopoldo Nunes, Félix Correia e Costa
Júnior, que acompanharam o evoluir das tropas de Yagüe até Mérida e Talavera de la Reina. Em meados de Agosto de 1936, em Badajoz, os enviados especiais Mário Neves, Mário Pires, Jorge Simões, José Barão e o fotógrafo Ferreira da Cunha anteciparam-se àqueles quatro jornalistas e assistiram à entrada das tropas rebeldes na cidade. Urbano Rodrigues, Artur Portela e José Augusto
foram para Tânger e para as colónias espanholas do Norte de África. Tomé Vieira escreveu a partir da retaguarda de Castela e Leão. Maurício de Oliveira especializou-se nas crónicas navais dos combates entre as duas esquadras, etc.


                                            ESPANHA PRÓLOGO DA GUERRA FUTURA (1938)
                                              (Muito raro)
LISTA DE LIVROS-EDIÇÕES PORTUGUESAS

A relação de livros (nas suas edições portuguesas) dos correspondentes portugueses
 é a seguinte:
Augusto, José, Jornal de um correspondente de Guerra em Espanha. Crónicas de reportagem, Lisboa, Empresa Nacional Editora, 1936; Oldemiro, César, A guerra, aquele monstro... Dois meses nas Astúrias entre soldados galegos, Lisboa, Parceria António Maria Pereira, 1937; Oliveira, Maurício, A tragédia espanhola no mar, Lisboa, Parceria António Maria Pereira, 1936; Idem, As duas
Espanhas no mar, Lisboa, Parceria António Maria Pereira, 1937; Idem, Marinheiros de
Espanha em guerra, Lisboa, Parceria António Maria Pereira, 1937; Idem, Águas de Espanha.Zona de guerra, Lisboa, Parceria António Maria Pereira, 1938; Boaventura, Armando,Madrid-Moscovo. Da ditadura da IIª República à Guerra Civil de Espanha, Lisboa, Parceria António Maria Pereira, 1937; Idem, O Milagro de Toledo (folheto editado por Álvaro Teixeira também em espanhol, italiano e alemão), Lisboa, Tipografia Silvas, s/d (1936); Rodrigues, Urbano, Jornadas de uma corte marroquina, Lisboa, Empresa Nacional de Publicidade,1937; Nunes, Leopoldo, A Guerra de Espanha. Dois meses de reportagem nas frentes da Andaluzia e da Estremadura, Lisboa, Sociedade Nacional de Tipografia, 1936; Idem, Madrid Trágica. Dos primeiros tiros à derrocada final, Lisboa, Sociedade Nacional de Tipografia, 1937; Idem, Um drama na legião. Novela de amor e de aventuras no Tercio, Lisboa, edição do autor, 1938; Correia, Félix, Quem vem lá? Gente de Paz! Gente de guerra!, Lisboa, edição do autor, 1940; Vieira, Tomé, Espanha. Prólogo da guerra futura, Porto, Livraria Civilização, 1937; Idem, 5 meses em Espanha e 5 dias em Portugal, Lisboa, Editorial Império, 1937; Portela, Artur, Nas Trincheiras de Espanha, Lisboa, Parceria António Maria Pereira,
1937; Pérez, Rogério, Franco, Lisboa, Parceria António Maria Pereira, 1940; Júnior, José Mª da Costa, A Espanha sob o Terror Vermelho, Porto, edição do autor, 1937; Santos,Eduardo dos (“Edurisa”), A rota de guerra no norte de Espanha, Porto, Livraria Civilização,1938; Neves, Mário, A chacina de Badajoz; relato de uma testemunha de um dos episódios mais trágicos da Guerra Civil de Espanha (agosto-1936), Lisboa, O Jornal, 1986.

 Fontes: Alberto Pena Rodriguez-Universidade de Vigo.
               Viriatos Militaria e Coleccionismo

 

 

 




 




domingo, 13 de outubro de 2013

"CHAMA INQUIETA"






Ultimamente estou numa fase de procura de livros, que nos falem da História do Nacionalismo Português,(Estado Novo) livros esses, escritos não pela Historiografia do pós 25 de Abril, conotados quase todos com o pensamento Marxista, ou então fazendo parte do "politicamente correcto".
Procuro antes testemunhos de pensamento de cariz Nacionalista, considerados hoje como  estando no "lado errado", mas que em minha opinião, não deixam de ser testemunhos importantes e verdadeiros, e de grande valor histórico.É o "outro lado da história".

Com a era da Internet, o nosso trabalho de procura, tem sido facilitado, e tendo eu a minha "Wish List",  vou encontrando, um "livro aqui", outro "livro acolá".
Tenho consultado e visitado alguns alfarrabistas, e confesso que tenho tido alguma surpresas bem interessantes, como foi o caso, entre outros, deste livro " Chama Inquieta", de 1973, livro já com 40 anos!!...

Mas que livro é este... "CHAMA INQUIETA"?
Editado em Outubro de 1973 (!!!!)
O II Volume, nunca chegou a sair...



«Uma História da Mocidade Portuguesa  era o que , inicialmente, esta obra pretendia ser. Em breve, porém o autor desistiu do intento e isto por um motivo muito simples: A História para ser apenas História, requer a quem escreve uma frieza de julgamento e uma isenção de sentimentos pessoais que eu nunca seria capaz de atingir em relação a um movimento e a um ideal aos quais me encontro ligado para sempre e aos quais também, devo tudo de útil possa ter feito ou venha ainda a fazer ao serviço da minha Pátria e do meu Povo.
Limitei-me, pois a reunir quantos elementos pude recolher susceptíveis de amanhã alguém elaborar a História da Mocidade Portuguesa que se espera e que se precisa.»





«Não se podendo chamar esta obra uma "História da Mocidade Portuguesa", por não chegar a sê-lo, havia que lhe dar um titulo. Para quantos passaram pelas fileiras da M.P.O titulo escolhido-CHAMA INQUIETA-não carece de explicações. Para os restantes leitores, se os houver, devo explicar que a CHAMA INQUIETA, é o poema que um antigo graduado da M.P. escreveu, inspirado na "Primeira Chama da Mocidade", acesa no acampamento da Quinta da Marinha, na Primavera de 1941, tendo em redor os filiados do Liceu Pedro Nunes, e do Liceu Passos Manuel.
A Mocidade Portuguesa atingira nesse ano a sua plena maturidade e o poema, pouco depois impresso em volume intitulado "Acampamento", não tardou a fazer parte do património espiritual da M.P.
A ela pertence ainda hoje e de tal forma que já tem valor de símbolo.»






«Abrange o primeiro volume desta obra apenas o período inicial da M.P, que vai da fundação, até 1940.Outros volumes se seguirão....»......Lisboa Outubro, 1973..


                                                  HINO DA MOCIDADE PORTUGUESA